Já ouviu na doença pilonidal? É um cisto com um emaranhado de pelos no seu interior que acomete o tecido abaixo da pele da região entre as nádegas, próxima ao cóccix, quase sempre na linha média a uns 5 centímetros do ânus. É uma doença comum em adolescentes e adultos jovens, sendo a faixa etária mais comum dos 15 aos 30 anos de idade, sendo rara após os 40. O sexo masculino corresponde a 80% dos casos.
Os sintomas mais comuns geralmente são dor ou desconforto na região interglútea, que pode evoluir para abscesso ( furúnculo) ou uma drenagem desse líquido espontaneamente através de um furo. Se drenar sozinho normalmente fica vazando secreção com cheiro ruim (pus) periodicamente por toda a vida ou até que resolva com cirurgia. Normalmente o orifício de drenagem é único e na linha média, mas pode haver vários orifícios drenando.
A única opção de tratamento é a cirurgia, onde existem dois tipos. O primeiro é a retirada do cisto, deixando aberto o local onde ele foi retirado, podendo levar em média 6 meses até a completa cicatrização. Essa técnica é chamada de ‘aberta’ e é atualmente a mais utilizada, tendo como desvantagens o fato de ter que ficar fazendo curativo duas vezes por dia e o tempo prolongado de cicatrização. A segunda é chamada de ‘fechada’ e consiste em retirar o cisto e fechar a pele, mas o paciente tem que ficar pelo menos 15 dias sem sentar, pois corre risco de forçar e abrir os pontos além de ter uma maior chance de recidiva.
A boa notícia é que agora existe uma nova técnica chamada EpSIT. Ela é realizada com aparelho fino que possui uma câmera em sua ponta permitindo a sua entrada pelo furinho da pele e conseguindo retirar todos os pelos lá de dentro. Com o aparelho pode-se também cauterizar o cisto internamente, não precisando de cirurgia mais complexa para retirada do cisto, nem de recuperação prolongada para voltar as suas atividades. Pode-se voltar a vida normal em média um dia após o procedimento, sem nenhum cuidado com repouso, curativo e atividade física. Ficou alguma dúvida?
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