Quando o abscesso forma uma fístula, o único tratamento realmente efetivo é aquele que envolve algum tipo de abordagem cirúrgica da fístula, com objetivo de interromper o trajeto que liga os dois pontos.
Existem diferentes tipos de cirurgias para tratar fístula perianal. A escolha da técnica dependerá da localização, extensão e complexidade do caso, bem como, da presença de doenças subjacentes, como quadros inflamatórios intestinais.
A seguir, confira quais são os principais tipos de operações mais comuns e como elas funcionam:
Fistulotomia - envolve a abertura completa da fístula para permitir a drenagem e a cicatrização. Pode ser realizada sob anestesia local ou geral e apresenta bons resultados em casos simples;
Fístulactomia em 2 tempos com colocação de sedenho ou seton: - envolve a amarração de parte da musculatura perianal para evitar incontinência. Num segundo tempo o trajeto é aberto.
Colocação de retalho - é uma técnica em que um tecido saudável é retirado de uma área próxima e colocado sobre a fístula para ajudar na cicatrização. Pode ser indicada em fístulas complexas ou de difícil acesso;
Fibrina ou cola biológica - nessa técnica, a cola biológica é injetada para selar a abertura da região e promover a cicatrização. Costuma ser indicada para casos de baixo risco; o índice de recidiva da fístula é bastante elevado nesses casos
VAAFT (Video Assisted Anal Fistula Treatment) - é uma intervenção menos invasiva em que um endoscópio é usado para localizar e tratar o quadro por dentro. Tem alta complexidade para realização e resultados não tão bons quanto a abordagem clássica.
Cada tipo de procedimento tem suas próprias vantagens e desvantagens. Isso significa que a escolha da técnica deve ser discutida junto ao cirurgião. Ainda, é preciso considerar os eventuais riscos, benefícios e limitações de cada abordagem. #fistula #fistulaperanal
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